TEXTOS REFLEXIVOS

REFLEXÃO INICIAL
Ninguém sabe para que servem as coisas que a escola ensina.
As crianças simplesmente não entendem a maior parte das coisas que a escola ensina, nem sabem por que devem aprender tais coisas e não outras.
A professora fala, fala, fala e os alunos escutam, cada um sentado no seu canto, sem saber muito bem o por quê.
Os exercícios escolares são, quase sempre, feitos em torno de problemas que não existem na vida real. Quando a professora faz uma pergunta, ela já sabe a resposta e só aceita como resposta certa isso que ela já sabe. A escola não ajuda os alunos a resolver problemas concretos, problemas que eles realmente entendam e para os quais estejam interessados em procurar a solução.
O modo como a escola ensina não ajuda o aluno a aprender a aprender. Ela não ensina o que fazer para reconhecer a existência de um problema, como procurar as soluções possíveis, escolher e testar a solução que parece melhor e verificar o resultado a que se chegou.
E, no entanto, é procurando resolver problemas concretos, é testando os resultados obtidos, que as pessoas aprendem coisas úteis e se convencem de que podem aprender sempre mais.

(Extraído de: CECON, Cláudius et al. A vida na escola e a escola na vida. 28. Ed. Petrópolis: vozes, 1994).

E você, professor? Você sabe para que servem as coisas que você ensina?
Sabe identificar o que é importante para seu aluno aprender?
Sabe planejar o que vai ensinar de forma a se tornar um conhecimento significativo para seu aluno?
Você sabe despertar o interesse do seu aluno para a aprendizagem?


SEJA UM MESTRE DA REFLEXÃO

* Abra a cabeça: Questione a própria ação, debata as idéias com os colegas, busque novos caminhos.

* Fique a sós: Pinte, escreva, medite em silencio... Encontre um jeito próprio de conversar consigo mesmo, livre de estímulos do mundo externo.

* Observe: Apure o olhar para captar detalhes, reações, o movimento da classe. Desenvolva o Espírito investigativo.

* Expresse-se: Use e abuse da escrita para formalizar a experiência, descrevendo situações, processos, causas e efeitos.

* Interprete: Compare, relacione e procure contradições naquilo que foi registrado.

* Conclua: Partindo dos dados da análise, levante hipóteses e planeje as próximas aulas.

* “Enquanto os alunos se perguntam o que fazer para recuperar a nota, os docentes devem sempre se questionar sobre a melhor maneira de recuperar a aprendizagem”. 
Celso Vasconcelos

* “O professor tem de ser um misto de nutricionista e cozinheiro para elaborar refeições saudáveis e pratos apetitosos, ou seja, desenvolver atividades prazerosas e eficientes”.
Antoni Zabala

* “É preciso romper definitivamente o estereótipo do mestre com a fita métrica na mão, pronto para medir, julgar e rotular cada um de seus estudantes”.
Luiz Carlos de Menezes

APRECIE O LADO POSITIVO DAS PESSOAS

Contam que, uma vez, numa carpintaria, realizou-se uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas, para acertar suas diferenças.
O martelo assumiu a presidência, mas os participantes não permitiram, dizendo que ele teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso alegando que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez pediu a expulsão da lixa. Reclamava que era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou a decisão, mas sugeriu que teriam de expulsar o metro, que sempre media os outros segundos à sua medida, como se fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não vamos nos fixar em nossos pontos fracos, mas concentremo-nos em nossos pontos fortes”.
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Viram-se então como uma equipe, capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos!

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando busca com sinceridade os pontos fortes que ela possuiu, florescem as melhores conquistas humanas.
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades... isso é para os sábios!!! Seja um deles.      

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