FORMAÇÕES NA ESCOLA

1ª FORMAÇÃO NA ESCOLA - 2013



QUERO MUDAR – MAS COMO?

Acredito que tenho que conhecer cada aluno – mas como posso conhecer cada aluno numa turma de 35 alunos ou mais? Como trabalhar de maneira diversificada, estimulando o crescimento individual? Tenho muitos conteúdos para transmitir – como vou achar tempo para aprofundar um assunto específico? E se o assunto não fizer parte da proposta curricular?
Essas perguntas e muitas outras surgem quando nos defrontamos com a questão de mudar nossa prática educativa... ou não. Se queremos uma educação mais diversificada, mais individualizada, nós, professores, precisamos descobrir nossas respostas individuais a cada ambiente, cada situação educacional. Cada professor é diferente, com suas próprias crenças, sua cultura única, sua experiência pessoal. Cada turma é composta de indivíduos – cada um diferente do outro. Cada situação escolar é única, com seus problemas, seus próprios desafios e suas próprias vitórias. Então é necessário, é fundamental, que cada professor tenha autonomia para poder examinar seu próprio íntimo, suas crenças, suas atitudes, seus desejos, relacionados à prática na educação, para depois examinar seu próprio ambiente exterior, seu contexto educacional. E é aprofundando essas observações, analisando e pesquisando constantemente na sala de aula, que cada professor vai descobrindo suas próprias respostas e caminhando sempre no processo de descobertas... um processo sem fim. Porque não tenha dúvida de que uma prática uma descoberta que seja válida hoje com a turma X e o professor Y na escola Z... amanhã vai ter que ser repensada, retrabalhada, reavaliada. A única constante no processo é que o processo continua.
O processo contínuo envolve mudanças constantes: mudanças de atitudes, de posicionamento, de conhecimento, de prática. O processo de crescimento, de aprofundamento, de descoberta, envolve autocrítica e auto avaliação a cada minuto. Sem crítica e sem avalição não há progresso. Precisamos repensar a nossa prática e nossas atitudes objetivamente e subjetivamente. Cada passo avançado requer consolidação e aceitação interior, a fim de criar a segurança necessária para dar o próximo passo. Um avanço superficial sem segurança, não é um avanço real, e vai ser facilmente derrubado. O professor que muda sua prática superficialmente, sem ter absorvido no seu íntimo a convicção e as razões para a mudança, não vai suportar as críticas dos pais, os comentários dos colegas, nem as perguntas dos alunos. Não adianta mudar o exterior sem primeiro ter mudado o interior. A mudança interior vai trazer mudanças exteriores. Mas mudanças exteriores sem base numa mudança interior não vão ser duradouras. Vão criar insegurança, insatisfação e frustação, porque o professor estará fazendo alguma coisa com a qual ele não concorda. Não adianta insistir em mudanças exteriores, antes de haver uma mudança interior.

Karen Currie de Carvalho – Mestra em Linguística e Língua Inglesa.



















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